Quem nunca se pegou olhando o céu e imaginando o que pode haver além dele? Pra mim essa é uma das mais rotineiras manifestações da inquietude humana. Essa vontade de questionar o sentido das coisas e desvendar porque tudo é tão abstratamente sistemático já me arrancou horas de reflexão sem nenhum indício concreto de resposta (digo concreto porque grande parte das pessoas assim como eu possuem suas convicções pessoais sobre a grandiosidade do universo, conceitos ás vezes muito tímidos pra sair da cabeça de quem os formulou). Um tempo atrás eu construi um ritual sagrado onde eu ligava meu MP3 e passava horas personificando as estrelas, pensando sobre todos os fatos que elas já teriam testemunhado em silêncio enquanto queimam hidrogênio e esperam pelo dia em que esse processo cessará e elas progressivamente apagarão, pequenos fantasmas perdidos no universo tão alheio em imensidão, que talvez nem se dê conta... Foi uma questão de tempo até isso se tornar uma filosofia de vida pra mim, daquele momento em diante decidi presenciar atentamente os mais pequenos movimentos a minha volta, registrar tudo humildemente e interagir nesse espetáculo!
Baseado nessa idéia surgiu esse blog, uma ferramenta de registro dos meus pequenos momentos de eternidade, onde as estrelas ensangüentadas são aquelas que já não irão brilhar por muito tempo, são aquelas que há muito nos observam... Acho que tenho um bocado a aprender com elas!
