segunda-feira, 16 de abril de 2012

Sobre o Esperar

Dizem que a esperança é a última que morre.
Eu não desacredito esta afirmação de forma alguma.
A esperança é aquilo que permanece depois de todo o caos, aquilo que aguenta e tolera, é o estado de espera fiel, sigilosa e paciente.
Eu não quero esta paciência, não quero aguardar as peças se unirem, os sentidos se encontrarem e o formal nascer, eu quero o presente impetuoso, quero o efetivo e apressado, quero que as coisas simplesmente aconteçam e não simplesmente permaneçam.
Me encanta o movimento, a mobilidade... Do que é estático tiro apenas poucas palavras e breves suspiros que logo se perdem em meio a outras respirações.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Precipitação

Nasci para acreditar o inacreditável, para me perder em devaneios e me precipitar. Sou uma precipitação ligeira, que se dá o direito de partir, se desfazer errante por outros lados e entre outros ventos. Tenho alguma culpa, pouca consciência e muita convicção e por mais que esta certeza seja passageira como toda inundação e/ou estiagem, faz de meus momentos predicados absolutos e minhas memórias únicas...

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Plenitude

Ando cheia de mim...
Cheia de personalidade, de ideologias apressadas,
de metodologias tão ultrapassadas e tão minhas.
Ando divagando arbitrária e consentidamente,
livre de toda e qualquer deliberação...
Não sou toda ouvidos, sou toda vontade, toda humana, toda eu.
Estou saturada de mim, transbordando o meu eu,
único e dissimulado, mas meu.