segunda-feira, 15 de julho de 2013

     Queria me sentir pessoa. Pessoal, inteira... Sem partículas, só particularidades.
     Queria me sentir. Entender sem razão o porquê dessa aflição, pertubação... Afetação!?
     Queria poder ser sem estar tão partida a cada adeus que me dá... Quando me dá algo que não é vontade de ficar, sabendo que nunca há de concordar.
     Queria abraçar, mas não esse abraço apressado, com medo de te roubar e pecar. Perder o pouco que eu tenho, se de teu nada possuo. Nada tenho de meu desde então...

domingo, 13 de janeiro de 2013

A vida é um constante processo de aprendizagem e adaptação. Os tempos mudam, a vida muda e a sua personalidade tende a se ajustar às novas regras do jogo. Ou não...
Mudanças não são fáceis, veja só quando a mudança em questão é uma mudança de casa! Você embala, encaixota, lacra, empilha e transporta, para depois desafazer tudo e trabalhar com os mesmo objetos num espaço novo, um layout desconhecido. Cansa só pensar no transtorno de esquecer alguma coisa na caixa errada, rotular por engano, perder... Mas são coisas palpáveis, reais. São meros objetos! O que dizer de uma mudança de hábitos? Depois de correr por muito tempo na frente, correr atrás é estranho, dói no orgulho e vira uma patologia. Eu digo isso por que estar na ponta, e não nas minhas pontas de bailarina que me fazem flutuar e sentir o que é ser livre, mas estar à frente mesmo, não é algo que se aprende com o tempo, para mim nunca foi uma opção, foi um estilo de vida que me fazia ser quem eu era (sou?), e aí você perde o fôlego, mas como sempre teve o controle não se preocupa com a pausa, e é nessa curva que te pegam. Me tornei vulnerável por escolha, tirei o pé do acelerador para experimentar a sensação de não fazer esforços, eu fui o Schumacher se aposentando no auge e retornando quase obsoleto, sem entender como é ser assim.
É, eu levei uma rasteira por imaginar que seria fácil brincar de ser fraca, mas não! Eu coloquei meus sentimentos em caixas e acidentalmente minha brincadeira foi trocada pelo afeto, rotulei errado e na hora de desembalar o meu espaço era hostil e lá não cabia "gostar" no mesmo canto do "esperar". Mas tudo bem, um dia desses eu faço uma faxina e doo alguma coisa que não me sirva mais (talvez a "gentileza") para que tudo possa caber perfeitamente entre nós.
Mesmo que eu tenha me perdido em metáforas desnecessárias e assimétricas, parece que aqui cabe bem...